"Luzes do Amanhecer"

Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA - ANO XX - N. 233 * Campo Grande/MS * Junho de 2025.
EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado n o 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

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            Ser feliz e conviver de maneira sensata com as próprias imperfeições, mas sem se alegrar com elas.

 

 

VOCÊ SABE APROVEITAR A VIDA⁉️

 

Por Rodolpho Barreto Pereira

 

            É muito comum ouvir as pessoas dizendo que querem "aproveitar a vida", principalmente os mais jovens. No entanto, isso geralmente é usado como desculpa para isentar-se das responsabilidades da vida, que não é feita só de momentos de prazer.
            Mas, afinal de contas, o que é "aproveitar a vida"?
            Para uns, é matar-se aos poucos com as comilanças, bebidas, fumo e outras drogas. Para outros, é arriscar-se em atividades perigosas, noitadas de orgias, saciedade dos desejos físicos. Talvez isso se dê porque muitos de nós não sabemos o motivo pelo qual estamos na Terra. E, por essa razão, desperdiçamos a vida - em vez de aproveitá-la de verdade.
            E o que seria o bom e verdadeiro aproveitamento da vida?
            Certo dia, um jovem que trabalhava em uma repartição, na companhia de outros colegas que fumavam e bebiam todos os finais de expediente, foi convidado a acompanhá-los. Ele agradeceu e disse que não bebia e que também não lhe agradava a fumaça do cigarro. Os demais riram dele e lhe perguntaram, com ironia, se a sua religião não lhe permitia, ao que ele respondeu:
            - A minha inteligência é que me impede de fazer isso.
            - E que inteligência é esta que não lhe permite aproveitar a vida? Perguntaram os colegas. O rapaz respondeu com serenidade:
            - E vocês acham que eu gastaria o dinheiro que ganho para me envenenar? Vocês se acham muito espertos, mas estão pagando para estragar a saúde e encurtar a vida que, para mim, é preciosa demais.
            Desta forma, podemos considerar que aproveitar a vida é dar-lhe o devido VALOR. É investir os minutos preciosos que Deus nos concede em atividades úteis e engrandecedoras.

            Quando dedicamos as nossas horas na convivência saudável com os amigos e familiares, estamos bem aproveitando a vida. Quando fazemos exercícios, buscando uma alimentação adequada e boas leituras, cuidando do corpo e da mente, estamos valorizando a vida. Quando estudamos, trabalhamos, passeamos, sem nos intoxicar com drogas e excessos de toda ordem, estamos aproveitando de forma inteligente a existência...
            APROVEITAR uma coisa é valorizá-la e fazer esforços para preservá-la. Assim também é com relação à vida.
Basta visitar alguém que está se despedindo dela graças a um câncer de pulmão, provocado pelo cigarro. Ou conversar com quem entrega suas forças a uma cirrose hepática causada pelos alcoólicos. Ou constatar um guloso inveterado que se encontra em dificuldades por causa dos exageros da mesa. Ou conhecer um infeliz que perdeu a liberdade e a saúde para as drogas que lhe consomem lentamente... Aproveitar a vida é isso?
            O IMPORTANTE é aproveitar a vida, sim! Para isso ela nos é dada. Só que precisamos redefinir o que seja vida e o que seja aproveitá-la.
            A vida é muito mais que a simples existência biológica. Para além do pulsar do coração e da respiração, ela engloba as relações, os sentimentos, os aprendizados e, especialmente, o propósito que atribuímos à nossa jornada.
            A vida é uma oportunidade valiosa para o progresso. Para muitos, aproveitar a vida pode estar associado aos prazeres imediatos, à busca incessante por conforto e diversão, riquezas e facilidades. Comer, beber, dormir, viajar, se divertir... Uma visão muito limitada da vida.
            Aproveitar a vida, em sua essência, significa viver com propósito e em plenitude. É saber cultivar virtudes e desenvolver competências.
            É DEDICAR-SE ao próximo. Sob essa ótica, o "aproveitar" se transforma - de um mero desfrutar para um construir algo maior e mais duradouro. Sinaliza quão importante é deixar nossa marca no mundo. Uma marca positiva que diga para todos que a encontrem: - Por aqui passou um ser humano. Ele deixou uma estrela no caminho.
Aproveitar a vida é, portanto, estabelecer uma jornada de autodescoberta e transformação. É um caminho a ser trilhado. É buscar o equilíbrio entre a alegria de viver e a responsabilidade de construir valores. É valorizar afetos e amores.
            Que nos disponhamos a redefinir nossos conceitos, a estabelecer metas para aproveitarmos, da melhor forma, cada minuto de vida, neste planeta azul. Com muita gratidão! Paz e Luz!

 

Fonte: Momento Espírita Ver menos
https://www.facebook.com/rodolphobpereira
2025

 

 

NA ESTRADA DA VIDA

 

            Sempre que possível construa pensamentos de amor e caridade que reflita aquele apelo de Jesus: ”amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. 
            Nesse estágio em que se procura com mais decisão o caminho do bem, porém o apego excessivo aos bens materiais é um sério entrave a sua pretensão. É natural este que exige um pouco mais de sua atenção no que se refere ao que está fazendo dos seus dias no mundo.
            A lógica remete-o a pensar que a colheita futura dependerá do esforço de hoje. Embora a terra seja fértil, se não houver essa decisão corajosa de prepará-la para o plantio, é certo que também pode faltar o pão de cada dia.
            Naturalmente que cada deve fazer a sua opção, mas sempre passará pela caridade, pois que deve manter os olhos fixos na vida futura. Se porventura agir ainda hoje pode fazer toda a diferença, pois  já está ciente que dos valores do mundo nada levará.
            Mas essa decisão dependerá de entender bem o que propôs os ensinamentos do Evangelho “a cada um de acordo com suas obras”, é uma lição completa, mais ainda para reforçar tem a argumentação consistente oferecida pela Doutrina Espírita.
            Infelizmente muitos se comprazem em adiar essa decisão de trabalhar pelo bem e pelo progresso, esquecidos que a felicidade é uma construção individual, pois já conta com a mensagem de Jesus em sua versão mais atualizada de todas as informações que necessita para orientar melhor o seu destino.
            Assim  se espera um mundo melhor depois desta vida é justo que trabalhe hoje, a fim de que amanhã possa ver realizadas as suas expectativas e representa o fruto  daquele que trabalho de sol a sol.  Por certo  sonha com um futuro que reflita a coragem  dos         que compreenderam a mensagem de Jesus: “Fora da caridade não há salvação”, porque o trabalho em favor do próximo enobrece o homem todos os aspectos.
            Essa atitude torna-o mais solidário e mais respeitoso dos direitos alheios, compreendendo que todos são iguais diante do Pai, sem regalias, nem privilegio a ninguém. Logo trabalhe muito enquanto há sol no horizonte para que quando sobrevenha à escuridão da noite tenha provisão para manter o equilíbrio e a luz para iluminar os seus passos.
            Assim  é urgente essa decisão de transformar o tempo precioso em ações generosas em favor do próximo, ao qual é necessário amá-lo para que abra uma clareira em seu próprio caminho, porque o amor desinteressado de recompensa em favor do próximo opera maravilhas.
            Por isso aproveite todo tempo disponível para praticar o bem e  se transformará no único patrimônio que levará consigo para a outra margem da vida. Alias,  é um prêmio do trabalhador corajoso, com isso é-lhe oferecido meio para que complete o seu percurso por este mundo com todo o êxito possível.
            Fique com Deus sempre.

 

Não Espere Demais
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

O MAIOR REPONSÁVEL

 

            A verdade que nesta vida muito tenho sofrido, mas hoje sou capaz de compreender que a maioria dos problemas porque passei foram criados por mim mesmo.
            Quando não respeitava o direito dos outros, imaginando que era o centro do mundo era natural que sofresse os contra golpes. Mas não compreendia isso, estava no direito disso e daquilo, quando uma atitude de consenso e urbanidade resolveria o suposto problema.
             Mas não pensava em minhas atitudes inconvenientes e sofria e fazia os outros sofrerem, em vez de me colocar ao abrigo das boas obras.
             Expunha-me sem motivos aos vendavais da vida, procurando dilatar o meu circulo de antipatia, porque não compreendia que ferindo os outros, a própria lei se encarregaria de tornar o meu campo social mais restrito, com isso até minha família sofria.
            No emprego exigia dos subalternos demais, chegando a ponto que ninguém queria trabalhar mais na minha seção, porque os meus pontos de vistas até equivocados, o meu orgulho não permitia ver.
            Uma empresa onde todos têm deveres a cumprir o bom senso deve prevalecer. A verdade que chamado na direção da empresa e foi severa comigo, exigindo uma postura mais humana de minha parte.
             Num primeiro momento pensei em sair daquela empresa, mas no final do expediente fui para casa refrescar a cabeça, mas a verdade que por dentro sentia-me humilhado, algo que nascia e a certeza em casa, contei a conversa a esposa que tivera com o diretor, exigindo uma nova postura sob pena de ser despedido
            A esposa ficou muito preocupada porque naqueles dias anteriores fizera um balanço em suas contas e algumas estavam atrasadas, se elas ainda poderiam ficar ainda pior.
            Aquele “muito pior”, deixou-me muito preocupado, e a verdade que seria de mim sem o salário do fim do mês, resolvi dar um tempo para pensar melhor, não pediria demissão do cargo, pensando bem poderia ser bem complicado para manter a situação financeira da família.
            Estava numa situação complicada, tive que engolir o meu orgulho e ficar naquele campo mesmo. Se saísse do emprego e não arranjasse outro de imediato, seria o caos.
            Sem alternativa a vista, eu resolvi ser mais complacente com as pessoas que trabalhavam sob a minha direção até subalternos estranharam a minha postura.
            Pois que sempre queria humilhar as pessoas que viviam sob a minha dependência hierárquica, quantos foram mandados embora por minha determinação, outros tinham medo de falar comigo.
            Certa feita um até me disse umas verdade face a face, que engoli em seco, porque não tive argumento para retrucar, por isso procurei todos os meios de prejudicá-la até falando maldades sobre a sua conduta moral.
            Agora estava na iminência de ser despedido da empresa, mais do que nunca dependia de minha equipe, caso contrário seria mandado embora. E já estava consciente que seria pior, comecei a interessar-me mais pelo trabalho e pelas pessoas que trabalham muito admiram de minhas atitudes.
            Mas a verdade que estava na corda bamba, se muitas vezes fizera maldades no passado ali estava eu pagando a conta. Às vezes nem dormia pensando o que seria de minha vida, meu status.
            Refletia que devia mudar ainda muito mais, porque o pensaria de mim aquelas pessoas que prejudiquei, ririam de minha sorte, folgariam com a minha desgraça, porque nunca tive consideração a ninguém. 
            Aquela expectativa negativa que doía mais. Estava apavorado de medo. Devia com urgência mudar, descer do pedestal que eu mesmo criara, porque poderia cair e se muito alto tanto pior.
            Assim que mudei tanto que cheguei a ser popular. Algumas vezes se tornaram tão amigos, que chegaram a me dizer, mas você era tão arrogante, todo o mundo o detestava na empresa, quando sabiam que poderia ser despedido e seria uma festa em muitos setores da empresa. Mas agora muitos o vêem com bons olhos.
            Às vezes as grandes tempestades é que abrem os nossos olhos e que o nosso telhado necessita ser reformado. Áulus.

 

Luzes da Ribalta
Pelo Espírito de Áulus
Otacir Amaral Nunes

 

 

PLEXOS NERVOSOS

 

            Os plexos nervosos, em número de quatro, estão localizados no corpo físico. São estruturas organizadas na forma de rede. Vemos, então, que os centros de força ou centros vitais fazem conexão com o veículo somático por meio dos plexos nervosos.
            Os quatro plexos nervosos do corpo físico são os que se seguem:

            Plexo cervical: abrange os nervos da cabeça, pescoço e ombro.
            Plexo braquial: nervos da região peitoral (tórax) e dos membros superiores (do antebraço aos dedos das mãos).
            Plexo lombar: nervos que irrigam as costas, virilha, abdômen e membros inferiores (da coxa aos dedos dos pés).
            Plexo sacro: nervos da pelve, nádegas, órgãos sexuais, coxa, perna e pés. Devido à interligação do plexo lombar e do plexo sacro, por vezes é designado plexo lombo-sacro.

            Como os centros vitais do perispírito se conectam com o físico por meio dos plexos nervosos, percebe-se que um plexo nervoso está, obviamente, relacionado a mais de um centro de força perispiritual. Neste sentido, as energias do passe, chegando ao perispírito do receptor, alcançam naturalmente o seu veículo físico, saturando de fluidos salutares a estrutura orgânica enferma, uma vez que a “[...] cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula .             O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada. [...]”161 (grifo no original).
            A pessoa que transmite o passe, quanto a que o recebe, ambos, devem se colocar em uma posição mental favorável à adequada transmissão e recepção energética. A vontade de auxiliar o próximo e a vontade de ser beneficiado são elementos fundamentais.
            Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem.
            Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizando com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinada; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis [...].162
            Além da vontade, a prece é outro recurso inestimável. A oração eleva as vibrações espirituais de quem ora e atrai a assistência dos bons Espíritos, criando-se um clima de serenidade, necessário ao bom aproveitamento da irradiação e energia magnético-fluídicas: “A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar à prece é desconhecer a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.”163

 

Referência
161 KARDEC, Allan. A gênese. Cap. XIV, it. 31, p. 251, 2013.
162 KARDEC, Allan. A gênese. Cap. XIV, it. 14, p. 240.
163 Id. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXVII, it. 12, p. 318, 2013.

 

Livro Mediunidade Estudo e Prática
FEB

 

 

PSICOGRAFIA

 

EVAGELHO NO LAR

 

            Quando todos os lares estiverem reunidos em torno do Evangelho contribuirão para que o Reino de Deus seja implantado na Terra.
            O Evangelho no Lar é comparado a uma ponte de luz contribuindo no esclarecimento de encarnados e desencarnados. Quantos males são evitados, quantas tragédias impedidas,
            Quanto ódio arrefecido, quanta esperança renascida.
            O Evangelho no Lar liberta Espíritos doentes atraídos por nós curando-os.
            Quantos Espíritos levianos são tocados pelo exemplo fielmente, toda semana a ponte se estabelecendo tocando seus corações e criando possibilidades de educação.
            Vençamos toda e qualquer desculpa e com determinação abramos o Evangelho para que a luz se faça bem mais forte gerando a paz entre nós.
            O Evangelho no Lar como uma cerca de luz impede que malfeitores penetrem nosso ambiente sagrado deixando lá a discórdia, a desconfiança, o desequilíbrio, a revolta, o desrespeito.
            O Evangelho no Lar nos ajuda a aquietar a mente possibilitando o equilíbrio que tanto desejamos.
            Por Jesus, cultivemos este hábito feliz e todos nós O auxiliaremos na evangelização de todos os Espíritos que perambulam sem direção, sem Fé.
            Sejamos um evangelizador e façamos o nosso Evangelho no Lar, água pura e cristalina a nos dessedentar e curar.
            O Evangelho no Lar é a Luz espantando as trevas, é a vitória do Bem.
            Muita Paz.

 


CESFA
Campo Grande/MS.

 

 

Espiritismo para Crianças
Marcela Prada
Tema: Honrar pai e mãe

O QUE JESUS NOS PEDE

 

            O pequeno Zacarias era um menino muito obediente, que viveu no tempo de Jesus. Toda a vizinhança o estimava muito, porque estava sempre disposto a servir.
            A mãe do menino chamava-se Ester e era moça e bonita. O pai, Joeb, era um rapaz de trinta anos, que ganhava a vida nos rudes trabalhos do campo.
            Enquanto o pai trabalhava, Zacarias estudava.
            Certa vez, a mãe adoecera gravemente e Joeb foi obrigado a deixar os trabalhos do campo, a fim de proporcionar à esposa a assistência indispensável.
            Determinada manhã, Joeb disse ao garoto:
            - Zacarias, meu filho, a lavoura está ameaçada pelas ervas daninhas e sua mãe continua mal. O que você sugere? Devo ir ao campo ou continuar ao lado de Ester?
            - Fique ao lado da mamãe, enquanto irei substituí-lo na lavoura – foi a resposta pronta do menino.
            - Mas como, meu filho? Não chegou ainda aos dez anos, onde vai arranjar forças para o duro trabalho de enxada?
            - Não pense nisso, pai. Não se aflija, porque tudo vai correr bem, até mamãe ficar boa, o que não vai demorar, pois tenho pedido a Jesus para curá-la.
            O menino, dentro de pouco tempo, estava trabalhando na roça. A tarefa dos primeiros dias deixara-lhes grandes bolhas nos dedos. As mãos doloridas apresentavam manchas avermelhadas.
            Mas Zacarias estava muito satisfeito por sentir-se útil aos queridos pais, e durante as horas de serviço, o pensamento estava sempre na mãezinha enferma, coitada! Estava tão abatida!... E o pai! Tão trabalhador e dedicado; eles mereciam toda a sua atenção e carinho!
            A uns cem metros da casinha humilde, o menino matutava nos últimos acontecimentos. Pensava naquele homem chamado Jesus, que, segundo lhe disseram, realizava curas extraordinárias! Se Ele curasse a sua mãezinha?...
            De repente, avistou, sem saber direito de onde tinha vindo, um moço muito belo que lhe tomou as mãozinhas feridas e as beijou longamente.
            O menino ouviu a voz suave do desconhecido;
            - Zacarias, sua mãe está salva, ela deve agradecer o fato ao seu coração de filho abnegado.
            Zacarias compreendeu que estava diante do Cristo e se jogou de joelhos aos seus pés, beijando-lhe as sandálias rotas.
            Jesus levantou-o carinhosamente e apontou-lhe o caminho do lar, sem mais uma palavra.
            O menino tomou a rota indicada, com os olhos marejados de lágrimas.
            Em casa, a doce mãezinha e o papai agradecidos aguardavam o filho, mostrando nos olhos o brilho da felicidade.

            Adaptação de texto de Aura Celeste, psicografia de Corina Novelino, extraído do livro Escuta, meu filho...

 

            Material de apoio para evangelizadores:
            Clique para baixar: Atividades
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O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2025

 

 

DE PAULO À EVOLUÇÃO UNIVERSAL

 

Fernando Rosemberg Patrocínio

 

            Podemos iniciar este modesto texto de tal modo questionante:
            “Qual é o cumprimento da Lei?”.
            Ou, então:
            “O que fazer para cumprirmos, de modo correto, para com a Lei?”
            Sendo o “Cumprir-se”, ou o “Cumprimento da Lei”, não mais, não menos, que o observarmos, ou o acatarmos, ou, ainda, o obedecermos, o exercermos, ou o vivermos da Lei tal qual é, sendo, para tal caso, óbvio, a Lei de Deus.
            Para notarmos a sabedoria divinamente cristã do apóstolo Paulo, vejamos algo de uma sua importante Carta ou “Epístola aos Romanos” atinente a tal, e que, pois, a muito nos serve de imediato, ou mesmo, para sempre de nossas vidas imortais:
            “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o Amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama aos outros cumpre a Lei”.
            “Com efeito: não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e, se há algum outro mandamento, nesta palavra se resume: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, pois o Amor não faz mal ao teu próximo”. (Opus Cit.).
            Quando, então, finalmente, conclui o genial e inspirado apóstolo do Cristo: “De sorte que o cumprimento da lei é o amor”. (Opus Cit.).
            E se passaram 2.000 anos desde a vinda do Cristo e de seus mensageiros dentre nós, e, ainda assim, temos nossas dúvidas acerca do Amor ao próximo, nosso semelhante, e, muitas das vezes, sofrido irmão.
            Donde daí, pois, temos o que demanda ser o degredo dos faltantes à Lei do Amor a um Mundo primitivo, algo que, aliás, se dera com o nosso planeta mesmo há cerca de 10.000 anos, pelo que se presume de algumas confiáveis obras espiritistas.
            Quando, então, nosso Mundo terreno era bastante Primitivo, e que, em tal tempo, recebera, para a sua evolução, centenas de milhares de Espíritos mais evolvidos, estes, porém, de um coração endurecido no mal, que, em sua expiação, tais elementos acabariam por ajudar em nosso progresso planetário que, a partir daí mesmo, se tornara um Mundo de Expiações e de Provas, tal qual vemo-lo hoje, porém, agora, pelos seus progressos já realizados, encontra-se em vias de se tornar um Mundo Melhor, Regenerado, e, portanto, numa nova escala universal, mais evolvida e mais espiritualizada.
            Confirma-se que hoje, portanto, com as graças do Senhor Jesus, estamos passando por uma nova etapa de progresso terreno, quando o nosso Mundo se tornará melhor pela expulsão dos maus, que, por sua vez, vão fazer o seu progresso em um Mundo inferior, ou, em um Mundo primitivo, no qual, por sua vez, tratarão de auxiliar com seu progresso já realizado o avanço daqueles menos evolvidos, e etc. etc. e tal.
            Logo: “A Evolução é Universal”. (frp).
            Em face disso, ela vem sendo estudada até mesmo pela Ciência mundana, que, com Darwin, dentre outros mais, nos abriu as portas para um novo entendimento das coisas da natureza até ao homem, segundo o qual “A única coisa constante no Mundo é a inconstância de Tudo”.
            Evolvendo tudo, assim, do átomo ao Homem para novas etapas cósmicas ou universais!

 

O Consolador
Revista Divulgação Espírita
2025

 

BENEFICÊNCIA E CARIDADE

 

Marta Antunes Moura

 

            Trabalhadora espírita vinculada à Federação Espírita Brasileira desde 1980. Supervisora do programa “O Evangelho Redivivo” – Brasília (DF)

            Os dois vocábulos estão interrelacionados, mas apresentam significados diferentes:

  • Beneficência: “ato, prática ou virtude de fazer o bem, de beneficiar o próximo; bem-fazer, filantropia.”1 É ação que encerra grande e agradável generosidade das almas belas, “[…]  sentimento que faz a criatura olhar as outras como olha a si mesma, despindo-se, jubilosa, para cobrir o seu irmão! […]”2, já ensinava Adolfo, Bispo de Argel, em mensagem espírita transmitida em Bordeaux, no ano de 1861.
  • Caridade: “virtude teologal que conduz ao amor a Deus e ao nosso semelhante.”[3] A caridade resume todas as virtudes que conduzirá os povos a felicidade.[4]

            A beneficência se expressa na forma de caridade material para com os irmãos e irmãs que não possuem um teto para abrigá-los, nem vestimentas ou alimentos para aplicar-lhes a fome. Usualmente abrange o socorro material, reduzindo ou eliminando a pobreza. 
            A caridade, contudo, extrapola os feitos da beneficência, por amparar material e moralmente o necessitado de auxílio, procedendo de acordo com o Evangelho, como orienta a Irma Rosária (Paris, 1860): “Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem. Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nesses dois preceitos. […].”[5]
            Com a prática cotidiana da caridade, o indivíduo aprende a combater o egoísmo, desenvolve o sentimento de compaixão pelo sofrimento do próximo, aprendendo a se colocar, empaticamente, no lugar do outro.
            Com a caridade material, é possível diminuir ou eliminar a pobreza que se alastra pelo mundo, porque, do supérfluo da mesa ou do vestuário de inúmeras pessoas, muitos pobres se alimentariam e se vestiriam, e não mais veríamos os desabrigados, adultos e crianças, nas ruas das cidades suplicando o auxílio de uma esmola.[5]
            A caridade moral ensina-nos a ver o como irmão, pois somos filhos do mesmo Pai, que é Deus. Desaparece, desta forma, quaisquer manifestação de preconceito, esta terrível enfermidade da alma. O amor ao próximo contribui para a construção de um mundo melhor, mais pacífico e solidário, integrado e inclusivo.
            A caridade, esclarece um Espírito Protetor (Lyon, 1860):

            […] se faz de muitas maneiras. Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por ações.  Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz. Uma prece feita de coração os alivia. Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo. […].[6]

            Emmanuel, por sua vez, pondera a respeito do assunto:
            Beneficência, por isso, assume o caráter de dever puro e simples.
            Recomenda-nos a regra Áurea: “faze aos outros o que desejas te seja feito”.
            A sentença quer dizer que todos precisamos de apoio à luz da compreensão de remédio que se acompanhe de enfermagem e de conselho em bases de simpatia.
            Em suma, todos necessitamos de caridade uns para com os outros, nesse ou naquele ângulo do caminho, mas é forçoso observar que se a beneficência nos traga a obrigação de ajudar, ensina-nos a justiça como se deve fazer.[7]

            Como fechamento do assunto, inserimos em seguida o mais belo poema que conhecemos a respeito da caridade, seu significado e prática, escrito por Paulo de Tarso em um momento de significativa inspiração (1Corintios, 1 a 13):

            1 Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa ou como um címbalo que tine.
            2 Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria.
            3 Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria.
            4 caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho.             5Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. 6Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
            7 Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
            8 A caridade jamais passará. Quanto às profecias, desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá.
            9 Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia.
            10 Mas, quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá.
            11 Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança.
            12 Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido.
            13 Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade.

 

REFERÊNCIAS

  1. HOUIASS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. Verbete: beneficência.
  2. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad.  Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 14. imp. Brasília: FEB, 2023. Cap. XIII, It. 11.
  3. HOUIASS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. Verbete: caridade.
  4. O evangelho segundo o espiritismo. Trad.  Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 14. imp. Brasília: FEB, 2023. Cap. XIII, It. 11.
  5. O evangelho segundo o espiritismo. Trad.  Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 14. imp. Brasília: FEB, 2023. Cap. XIII, It. 9.
  6. O evangelho segundo o espiritismo. Trad.  Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 14. imp. Brasília: FEB, 2023. Cap. XIII, It. 10.
  7. XAVIER, Francisco Cândido. Livro da esperança. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1 imp. Brasília: FEB; Uberaba: CEC, 2023. Cap. 30.

Editorial FEB
2025

 

A DOR DO MEU DESTINO

 

De Fernando do Ó
Editora: FEB

 

            A dor do meu destino é uma obra emocionante que mergulha nas profundezas da alma humana, explorando as consequências de atos praticados em vidas passadas e a influência de entidades espirituais no destino humano. A história acompanha Emílio Afonso Sanchez de Pádua, um médico espanhol em busca de refúgio no Brasil após um passado turbulento. A trama de Fernando do Ó explora temas como obsessão, vidas passadas e a busca pela redenção espiritual através do Espiritismo Cristão. Os personagens enfrentam conflitos pessoais e relacionamentos marcados por influência espiritual, culminando na busca pela paz interior e evolução espiritual. A narrativa entrelaça drama, romance e a crença na imortalidade da alma, culminando em reflexões sobre perdão, caridade e amor. A história se desenvolve por meio de experiências mediúnicas e extracorpóreas, revelando a influência do passado no presente, com ênfase na lei de causa e efeito.

 

UMA CARTA MATERNA

 

            Meu filho, se procuras a bênção da felicidade, não te esqueças de que o Reino do Céu começa em nosso próprio coração e de que o primeiro lugar onde devemos trabalhar por ele é na própria casa onde vivemos.
            A alegria verdadeira nem sempre é daqueles que dominam, mas nunca se aparta das almas generosas que aprendem a espalhar o bem.
            Se queres que a tranqüilidade te acompanhe, busca ser útil.
            Por que foges de teu pai, quando, cansado e abatido, mostra uma fisionomia preocupada?
            Por que te afastas da mãezinha, quando observas o orvalho das lágrimas em seus olhos?
            Aproxima-te deles e faze-lhes sentir que tens um coração compreensivo e amoroso.
            Um fio d’água transforma o deserto em oásis. Um gesto de carinho opera milagres. Quanta gente espera construir o Reino de Deus, acendendo fogueiras de entusiasmo na praça pública e esquecendo no frio da indiferença aqueles que o Céu lhes confiou! ...
            Guarda a paz contigo, a fim de que a possas distribuir.
            Entre as paredes do lar, Deus situou a nossa primeira escola.
            Se não sabemos exercer a tolerância e a bondade com cinco ou dez pessoas, que esperam pelo nosso entendimento e pelo nosso auxílio, debalde ensinaremos o caminho do bem-estar para os outros.
            O primeiro degrau do Paraíso chama-se Gentileza. Aprende a ajudar para que outros te ajudem e, onde estiveres, serás sempre um valoroso operário na edificação do Reino Divino.

 

Livro Pai Nosso
Francisco Candido Xavier
Pelo Espírito de Meimei

 

 

OS AMADOS

 

            “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores.” — Paulo. (HEBREUS, capítulo 6, versículo 9.)

 

            Comenta-se com amargura o progresso aparente dos ímpios.
            Admira-se o crente da boa posição dos homens que desconhecem o escrúpulo, muita vez altamente colocados na esfera financeira.
            Muitos perguntam: “Onde está o Senhor que lhes não viu os processos escusos?”
            A interrogação, no entanto, evidencia mais ignorância que sensatez. Onde a finalidade do tesouro amoedado do homem perverso? Ainda que experimentasse na Terra inalterável saúde de cem anos, seria compelido a abandonar o patrimônio para recomeçar o aprendizado.
            A eternidade confere reduzida importância aos bens exteriores. Aqueles que exclusivamente acumulam vantagens transitórías, fora de sua alma, plenamente esquecidos da esfera interior, são dignos de piedade. Deixarão tudo, quase sempre, ao sabor da irresponsabilidade.
            Isso não acontece, porém, com os donos da riqueza espiritual.
            Constituindo os amados de Deus, sentem-se identificados com o Pai, em qualquer parte a que sejam conduzidos.             Na dificuldade e na tormenta guardam a alegria da herança divina que se lhes entesoura no coração.
            Do ímpio, é razoável esperarmos a indiferença, a ambição, a avareza, a preocupação de amontoar irrefletidamente; do ignorante, é natural recebermos perguntas loucas. Entretanto, o apóstolo da gentilidade exclama com razão:
            “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores.”

 

Livro "Caminho, Verdade e Vida"
Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

 

EDIÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA “VALE DA ESPERANÇA”
Rua Colorado nº 488, Bairro Jardim Canadá, CEP 79112-480, Campo Grande-MS.

Reunião Pública: Quinta-Feira 19:30